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POUCA VERGONHA!

POUCA VERGONHA!

Gente, isto aqui está tudo podre. A República fede. Pra qualquer lado que se volte, você vê gente metendo as mãos. E não se fala em milhares, nem apenas em milhões. São bilhões. E não de reais, mas, bilhões de dólares, de euros. Gatunagem à solta. Vivemos na terra de Ali Babá e os quarenta ladrões. Eu disse quarenta? Bota ladrão nisso!

Não passa um dia sem que as páginas dos jornais e noticiários de TV e Internet não amanheçam recheadas de denúncias e suspeitas e confirmações e processo de corrupção e desvios de toda ordem. É mensalão, petrolão, BNDS, Eletrobrás, CPTM e Metro, desvio de verbas e recursos do INSS, da educação, da saúde, desvirtuamento do seguro-desemprego, do bolsa família, da bolsa escola, da bolsa-crack, da bolsa-bolso. Não há nada intocado. A ética e a moral nos negócios, principalmente nos negócios públicos, passou a ser piada.

A República está podre de alto a baixo. E não me acuse de pessimismo. Olha só a primeira página dos principais jornais da quarta-feira, dia 4: frente a frente, ocupando um quarto da folha, a cores, as caras do Presidente do Senado e do Presidente da Câmara dos Deputados como incursos na lista de Janot na bandidagem da Operação Lava Jato do Petrolão. Aliás, pra que se  surpreender? Já imaginou a máfia ser gerenciada por cândidas freirinhas? Renan Calheiros e Eduardo Cunha foram eleitos pelos seus pares. Esperar o que?

Quase na mesma página, está lá que o Supremo Tribunal Federal extinguiu a pena de José Genuíno do mensalão, beneficiado por indulto de Natal! Quá, quá, qua´! Indulto de natal? Que sacrilégio! O Menino Jesus dever ter pulado do colo de Maria ou antecipado sua fuga para o Egito. Cadê o Joaquim Barbosa?!

Passo para o caderno de Economia e leio estupefato que o dólar passou dos três reais. Lá se foi minha tão sonhada turnê por Saltinho, Rafard, Ajapi, Conceição do mato Dentro, Borebi… Pobre não tem vez mesmo!

Por outro lado, pra não ser tão negativista, uma notícia animadora: diz que a Câmara dos Deputados declinou do benefício da “bolsa-esposa” que se atribuíram recentemente. Diante da indignação do populacho, voltaram atrás. Vão pagar do próprio bolso as passagens para visita íntima do cônjuge a Brasília. Será?! … É muita esmola prum santo só! E as demais benesses? A bolsa-moradia, a bolsa telefone, a bolsa internet, a bolsa selos, a bolsa paletó, a bolsa-consultoria, a bolsa-assessoria, a bolsa-bolso? Coisinhas essas que somadas representam um impacto total de R$ 146 milhões nos nossos bolsos. Sem contar os míseros R$ 33 mil de salário mensal. Tadinhos!

Fora as verbas destinadas às emendas dos parlamentares que, segundo a imprensa, aumentam para R$ 16, 5 milhões o potencial de gastos por parlamentar que, somadas todas elevaria a uma cifra total de R$ 9,8 bilhões. !!!

Enquanto isso, para nós povão, sobram mais impostos, mais tarifas, mais arrocho salarial, mais alta da gasolina, da energia,  da cesta básica, alta do custo de vida, alta, alta de, alta de.

Cambada de sangue-sugas, súcia de velhacos. Devíamos fazer com eles o que fez um idoso da Nova Zelândia: descontente com as falcatruas dos políticos, encheu um balde de cocô de cavalo e foi atirando as bolotas neles. Como por aqui não temos tantos cavalos distribuindo troços aos baldes, poderíamos usar do nosso estrume bem mais cheiroso! Diante do fedor do nosso cocô, o de cavalo é cocô Chanel! Ah! Como faz falta a Geni!

Pe. Otto Dana – Diocese de Piracicaba – e-mail: otto.dana@gmail.com