Quando não se sabe para onde ir não tem como se perder pelo caminho
No dia seis de junho de 2015 saímos o Diácono Adenailton e eu, de Alto Paraíso para aventurar pela realidade crítica da Diocese: aventura pelas estradas de terra. Às 18h 10 min partimos rumo a “não sei onde”. Passamos pelo Sertão onde apresentei ao Diácono a Capela de Nossa Senhora Aparecida, isso às 19h 05 min. Passamos na casa de Dona Andrelina, mas fomos informados que a mesma tinha ido para Brasília fazer tratamento, assim descemos um pouco mais e visitamos sua filha a Dona Lita e seu “esposo” Gersi (eles moram juntos a mais de 40 anos. Já falei sobre o casamento, mas dizem estar velhos) com duas filhas Andreni que é professora concursada (no ínterim ele devolveu seu Dízimo referente a Maio e Junho) e Eliane Moura, a qual morava em Goiânia e trabalhava, porém teve que voltar para a fazenda e buscar trabalho por lá.
Partimos às 19h 30min para “não sei onde”.
De repente, chegamos em uma Comunidade chamada Cor Mari, conhecida pelas romarias que se tem todos os anos. Passando pela Avenida principal, encontramos uma jovem que estava saindo da escola, a qual nos indicou caminho dizendo que logo à frente havia um cruzamento com uma placa indicando as Cidades de Nova Roma e Iaciara. Andamos mais ou menos uns 8KM até a indicação.
Preferimos ir para Iaciara.
Mesmo sem saber andar pela cidade, fomos nos informando até chegarmos em um posto de gasolina. Abastecemos e fizemos amizade com os frentistas. Lavaram o para brisa do nosso carro e doamos R$4 reais de gorjeta. Decidimos comer um pastel e seguir viagem para Guarani.
Optamos seguir em total aventura. Não conhecíamos a estrada. Por isso, fomos nos informando a cada ponto. Estava sendo um verdadeiro fascínio aquela viagem! Realmente maravilhosa. Uma adrenalina total!
Mas antes de partirmos definitivamente para Guarani de Goiás eu falei ao Diácono que deveríamos comunicar ao Administrador Pe. Carlos Magno que estávamos indo pernoitar em sua casa. Nem imagina a maior! Liguei para o Padre que não se encontrava na cidade, ele estava em Formosa.
Mas eu conheço muitas pessoas naquela cidade que já fiz Pastoral de Férias, assim ligamos para Glaucia, Secretária de Educação, quem foi pegar a chave da casa do Padre com a funcionária dele e esperar por nós.
Como nos passaram o rumo da cidade de Guarani, seguimos nossa aventura.
Realmente era nossa viagem de aventura. Andamos uns 30 min e chegamos num asfalto. Não tinha nenhuma placa de indicação. Assim pensamos vamos seguir pela esquerda porque parece que seguindo à direita seria voltando. Mas, sabe de uma coisa? Seguindo pelo asfalto ao invés de chegarmos a Cidade de Guarani nós avistamos uma placa que dizia Posse a 15KM. Com isso, tivemos que ligar para Glaucia e dizer que estávamos chegando a Posse. Fique sabendo que: “Quando não se sabe para onde ir não tem como se perder pelo caminho”.
Finalmente, ao chegar à Cidade “não sei onde” eu liguei para Rosicler (Rose) uma Professora que conheço, mas ela estava vinda de Goiânia e chegaria somente umas 3h da madrugada. Então, às 23h45min fomos acolhidos na casa Paroquial da Paróquia de Sant’Ana pelo nosso Vigário Geral o monsenhor Epitácio. Depois de conversarmos um pouco fomos descansar, porque viajar sem saber para onde ir cansa. Ou seja, o destino “não sei onde” é a Cidade de Posse-GO. Assim, viaje, nesta vida incerta, mesmo sem saber aonde chegar, porém, não se esqueça, na Vida Definitiva, vamos chegar à Vida Eterna.
Pe. Joacir Soares d’Abadia, autor de vários livros e Pároco em Alto Paraíso-GO